Poluição de setor têxtil macula Bangladesh
Nos piores dias, o fedor tóxico que paira sobre a Escola Primária Governamental Genda é quase sufocante. Os professores lutam para se concentrar, como se estivessem com falta de ar. Os alunos costumam sofrer tonturas. Alguns meninos desmaiaram no final de abril. Outro teve ânsia de vômito na sala de aula. O cheiro sobe de um canal poluído que passa atrás da escola, no qual fábricas despejam seu esgoto. A maioria delas é composta por oficinas de costura, tecelagens e tinturarias, integradas a uma cadeia de suprimentos que exporta roupas para a Europa e os Estados Unidos. Olhando para o canal, os alunos podem saber quais cores estão na moda. Há quase três meses, o edifício Rana Plaza, onde funcionavam muitas oficinas de costura, desabou matando mais de 1.100 pessoas, num desastre que expôs os riscos da fórmula de baixo custo que fez de Bangladesh o segundo maior exportador mundial de vestuário (atrás da China) e um favorito de empresas como Walmart, J.C. Penney e H&M. Essa fórm