Iniciativa em Barra Mansa, no RJ, dá destino correto ao lixo eletrônico

Lixo eletrônico. (Foto: Reprodução/TV Rio Sul)
Projeto também recolhe e recupera equipamentos de informática. 
Programa foi criado em 2010 para evitar danos ao meio ambiente.

Componentes de informática que seriam descartados estão se tornando instrumentos de ensino em Barra Mansa(RJ). Um projeto da Cooperativa de Trabalho dos Profissionais da Tecnologia da Informação e Comunicação recolhe esses materiais, repara e encaminha a escolas que oferecem cursos de capacitação em computação.

O programa foi criado em 2010. Além de equipamentos usados em informática, também são recolhidos resíduos eletrônicos, de forma a evitar danos ao meio ambiente. "A ideia surgiu a partir da necessidade de criar um destino para o lixo eletrônico na cidade e na região", contou o coordenador tecnológico da cooperativa, Maicon Alves de Carvalho. Ele explica que o projeto aceita doações de todo Sul do RJ e que é dado o destino correto a tudo. "A cooperativa trabalha na recuperação dos materiais, e o que não é reutilizado é encaminhado para a reciclagem, onde acontece a separação entre plástico e metais".

De acordo com o coordenador tecnológico, por mês são recolhidos em média 175 peças de computadores, das quais 70% são reutilizadas. As doações de equipamento e a entrega de lixo eletrônico podem ser feitas na Avenida Siqueira Campos, nº 3002, no bairro Bom Pastor.

Panorama local
Mensalmente a prefeitura de Barra Mansa (RJ) recolhe aproximadamente 3.950 toneladas de lixo, entre resíduos urbano, doméstico, hospitalar, volumoso e entulho, de acordo com informações da coordenação de Resíduos Sólidos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae). A quantidade de lixo eletrônico recolhida não é registrada, porque não existe coleta seletiva desse material.

Os equipamentos eletroeletrônicos e de informática misturados de forma errada ao lixo doméstico terminam na Central de Tratamento de Resíduos, onde são aterrados. Segundo a coordenadora de Resíduos Sólidos do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae), Elba Carvalho, o procedimento é seguro. "Não tem risco de contaminação porque há a impermealibização do lençol freático e da terra", garantiu ela.

Alerta
O ambientalista Luiz Felipe César chama a atenção para a situação. "A maioria desse material é composta por produtos químicos, extremamente agressivos ao ambiente", afirmou. Ainda de acordo com o especialista, com o aumento da tecnologia é natural que o volume de lixo aumente também. "Por isso a reciclagem é fundamental, e o envolvimento de todos nesse processo é mais do que necessário".

Fonte: G1

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