Degelo no Ártico está perto de bater recorde de 2007, alertam cientistas

Militares suecos observam avião norueguês em região do Ártico. Derretimento do gelo deve abrir novas rotas comerciais e iniciar conflitos. (Foto: Stian Lysberg Solum/Scanpix Norway/Reuters)
Verão na região ainda terá mais duas semanas de derretimento pela frente.
Há 5 anos, cobertura de gelo no polo norte encolheu 4,2 milhões de km².

A cobertura de gelo no Ártico está derretendo a uma taxa surpreendentemente rápida e pode diminuir ao menor nível desde 2007 em questão de semanas, à medida que as temperaturas do planeta subirem, alertaram cientistas americanos na terça-feira (21).

Pesquisadores da Universidade do Colorado em Boulder, nos EUA, disseram que a cobertura de gelo no verão ártico já se aproximava do menor nível registrado, mesmo antes do fim da temporada de degelo.

"Os números estão chegando e os estamos lendo com um sentimento de assombro", disse o diretor do Centro de Dados Nacional de Gelo e Neve, Mark Serreze, vinculado à universidade.

"Se o degelo parasse agora, repentinamente, teríamos a terceira baixa no registro de satélites. Como ainda haverá mais duas semanas de degelo pela frente, penso que muito provavelmente teremos um novo recorde", afirmou à AFP.

O atual recorde, de cinco anos atrás, ocorreu quando a cobertura de gelo encolheu 4,2 milhões de quilômetros quadrados, causando espanto entre os cientistas, que não haviam previsto um degelo dramático tão cedo.

O Ártico costuma ser apontado como o "ar-condicionado do planeta", por causa de sua influência sobre o clima global. Este ano, a perda de gelo na região aponta para a abertura da Passagem do Noroeste, entre o Canadá e o Alasca, e da Rota do Mar do Norte, junto à Europa e à Sibéria.

Este ano também está batendo recordes de calor e seca em grande parte da zona temperada do Hemisfério Norte, especialmente na área continental dos EUA.

Fonte: G1

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