Pizzaria evita desperdícios e aumenta lucro com medidas sustentáveis

Lenha usada em forno é de sobras de eucalipto de uma empresa de reflorestamento da região
Após colocar em prática medidas para economizar água e luz e para evitar desperdícios, a pizzaria Rei da Pizza, em Camaçari (BA), viu seu caixa engordar. Ao seguir a receita da sustentabilidade, o proprietário Jamilton Pereira da Silva conseguiu reduzir custos e ser mais competitivo.

O empreendedor sentiu necessidade de adotar novas práticas após ampliar seu negócio. Primeiro, ele investiu na transformação de sua antiga lanchonete, aberta em 1991, em pizzaria. "O sucesso foi total", diz. O movimento aumentou com a diversificação dos produtos, tanto que ele acabou abrindo mais três filiais.

No entanto, percebeu que cerca de 5% do seu lucro era perdido com desperdício de recursos. Para transformar os processos da empresa, o empreendedor capacitou os 68 funcionários em gestão ambiental. "A mudança de hábitos ajudou a reduzir o desperdício durante a produção dos pratos", afirma. E o descarte diário dos ingredientes diminuiu 30%.

Arquitetura ajuda a economia de luz e água 
O layout da empresa também foi alterado. Foi construída uma central de produção para abastecer as quatro lojas. O local é climatizado, arejado e iluminado para aproveitar a luz solar. Com a nova arquitetura, houve redução do consumo de água e energia.

Após as medidas, a conta de luz ficou 30% mais barata e a economia de água foi de 15%. Outra opção do Rei da Pizza foi comprar as sobras de eucalipto de uma empresa local de reflorestamento e tratamento de madeiras. O produto é usado no aquecimento do fogão à lenha.

O lixo passou a ser separado: resíduos sólidos são doados a recicladores da cidade. A parte orgânica é destinada a compostagem, que gera adubo para a horta comunitária da empresa. As hortaliças são divididas entre as famílias dos funcionários e usadas na produção do restaurante.

Com todas as medidas, hoje, as perdas estão abaixo de 1%. Atualmente, a receita mensal da empresa é de R$ 300 mil e a produção mensal, de 15 mil refeições.

Tecnologia traz soluções sustentáveis
Silva investiu na compra de um forno combinado de tecnologia a vapor, que permite usar menos óleo e água. O cozimento é feito com o líquido do próprio alimento. Com a nova máquina, a redução do consumo de óleo foi considerável. Os 500 litros usados por mês foram reduzidos para 250 litros.

Ele reconhece que o Sebrae é parceiro de seu sucesso como empresário. Na instituição, fez vários cursos para melhorar a gestão do negócio. "Junto ao Sebrae, vi que era possível apostar na sustentabilidade, reduzir custos e aumentar o lucro", comemora.

Fonte: UOL

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