Fórum Mundial de Sustentabilidade começa com debate sobre Rio+20


Bil Clinton fala a empresários em fórum de sustentabilidade em Manaus. (Foto: Dennis Barbosa/G1)
'Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável' é o tema deste ano.
Fórum já reuniu Al Gore, James Cameron, Bill Clinton e Schwarzenegger.

A 3ª edição do Fórum Mundial de Sustentabilidade começa nesta quinta-feira (21), em Manaus. O evento contará com a presença de grandes nomes do cenário político, empresarial e ambiental de diversos países para debater o tema "Economia Verde e Desenvolvimento Sustentável".  O presidente do Grupo de Líderes Empresariais LIDE, João Doria Jr., abre o ciclo de palestras. O  Diretor Executivo da Rio+20, Brice Lalonde também participa do primeiro dia de evento.

Este ano, o evento traz ainda nomes como a ativista social e política, fundadora e presidente da Fundação Bianca Jagger pelos Direitos Humanos, Bianca Jagger, a primeira mulher a ser primeira-ministra da Noruega, Gro Brundtland, o sociólogo e ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, entre outros. A lista completa dos palestrantes do evento pode ser conferida no site do Fórum.

Em duas edições, o evento já reuniu autoridades como o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, o cineasta e diretor de 'Avatar', James Cameron, o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, o ex-governador da Califórnia, Arnold Schwarzenegger, e o presidente do Grupo Virgin, Richard Branson.

Prêmio LIDE Sustentabilidade
A terceira edição do Fórum Mundial de Sustentabilidade, promovido pelo LIDE - Grupo de Líderes Empresariais, fará pela primeira vez a entrega do Prêmio LIDE Sustentabilidade, no primeiro dia do evento. A cerimônia de premiação é destinada às empresas brasileiras ou estrangeiras, atuantes em território nacional, que realizam projetos ambientais no Brasil e tem ações de sustentabilidade, conservação da biodiversidade e dos recursos naturais do país.saiba mais

Financiamento à economia verde opõe países na Rio +20, diz ONU
O secretário-geral da Conferência das Naçôes Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), Sha Zukang, afirmou que os países que participarão da reunião no Rio de Janeiro, em junho, concordam que a criação de uma agenda social é necessária para garantir desenvolvimento e proteção ao ambiente.

Zukang disse, entretanto, que o financiamento das ações gera dúvidas.

"Quem deve arcar com os custos de se avançar em direção a uma economia verde?", questionou, ao citar uma das principais questões levantadas pelas delegações.

Outras dúvidas, segundo ele, são as condições em que haverá transferência de tecnologia para a promoção de desenvolvimento.

O diplomata discursou nesta terça-feira, na ONU, ao iniciar a primeira rodada de negociações informais sobre o Rascunho Zero, documento que guiará a conferência, a ser realizada 20 anos após a Eco-92.

Desde as reuniões em janeiro houve avanços, disse. Entre eles, apontou o reconhecimento de que a economia verde deve ter padrões sociais inclusivos.

O diplomata também afirmou que há consenso sobre o desejo de evitar protecionismo e sobre o respeito a diferentes níveis de desenvolvimento e prioridades entre os países.

Pediu aos países esforço para resolver as divergências. "Vamos lembrar que Rio +20 é uma conferência de implementação. Portanto, o resultado deve fornecer um quadro de ação ousado e radical. Devemos fechar lacunas", disse o diplomata, ao abrir o encontro.

EXPERIÊNCIA BRASILEIRA

Em debate promovido hoje pelo Brasil na ONU, Rômulo Paes de Sousa, secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, apresentou iniciativas brasileiras que conjugam garantia de renda, acesso a serviços públicos e proteção ao ambiente (conhecidos como três pilares do desenvolvimento sustentável).

Entre as iniciativas, citou o Bolsa Verde, que remunera famílias pela conservação da floresta amazônica. Esse é um dos programas que integram o Brasil sem Miséria.

"A pobreza é um obstáculo para ter uma política de preservação ambiental bem-sucedida. Um contexto de extrema pobreza acaba levando populações a desmatar ou fazer usos menos racionais do ambiente", destacou Sousa.

O secretário afirmou que as propostas de inclusão foram bem-recebidas pelas organizações e delegações que participaram do encontro, mas também destacou que os países receiam sobre a fonte de recursos para as iniciativas.

Os debates preparatórios para a Rio+20 continuarão, em Nova York, nesta e na próxima semana.

Fonte: G1 e Folha.com

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