Agricultores denunciam transtornos causados por carvoarias irregulares
Locais foram montados na zona rural de Ibaté, SP.
Dona afirma ter autorização, mas Itesp diz que produção é proibida no local.
Moradores de pequenas propriedades rurais entre Ibaté,no interior de São Paulo, denunciam que vizinhos montaram algumas carvoarias irregulares no local. Segundo eles, a fumaça está invadindo as casas e prejudicando criações e plantações.
Os agricultores, que preferiram não se identificar, reclamaram dos transtornos causados quando todos os fornos estão acesos. "Quando acende muito forno de uma vez, o vento ataca. Ai vem e invade a casa e tudo", disse um deles.
Eles garantem que a fumaça atrapalha tanto a saúde quanto a produção agrícola. "Pega tudo aqui na granja. Se a gente põe pintinho vai morrer tudo sufocado na fumaça. Planta e milho não vai por causa da fumaceira. Fica sem jeito de trabalhar aqui", explicou outro.
Das quatro carvoarias, apenas uma estava funcionando quando a reportagem do Jornal Regional esteve no local. Por telefone, a proprietária disse que tem toda a documentação que autoriza a atividade. "Eu não posso queimar uma coisa irregular. Eu tenho autorização da Cesteb".
No entanto, segundo o Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp), a produção de carvão é proibida no local.
A área foi financiada pelo antigo Banco da Terra, atual Programa Nacional de Crédito Fundiário. Os lotes foram vendidos a preços mais baixos. O Itesp, que ajuda na administração da área, informou que existe uma limitação de atividades agrícolas.
Apesar da fumaça, a reportagem flagrou um casal retirando e embalando o carvão sem máscaras e usando apenas luvas como equipamentos de proteção.
A Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) confirmou a licença ambiental, mas alertou que a autorização não permite que a carvoaria incomode os vizinhos. Informou ainda que a atividade precisa estar regularizada com outros órgãos e que vai fazer uma inspeção na área.
O Itesp também vai mandar representantes para confirmar a existência das carvoarias e tomar providências.
Fonte: G1
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