Ambientalistas protestam em Brasília por mudança no Código Florestal

Fonte: Folha.com

A Praça dos Três Poderes, em Brasília, é palco de uma manifestação de movimentos contrários ao texto do Código Florestal, em tramitação no Senado Federal.


Na manhã desta terça-feira (29), um balão do Greenpeace com a frase "Senado, desliga essa motosserra" ganhou destaque. Crianças também participaram do protesto ao soltar balões verdes. "Dilma, salve as florestas e projeta nosso futuro", dizia um dos cartazes.
Houve reforço do policiamento em torno do Palácio do Planalto.


Na semana passada, a Comissão de Meio Ambiente concluiu a votação do projeto que reforma o Código Florestal. O parecer aprovado pelo grupo deve ser entregue hoje à Mesa Diretora da Casa.


A intenção do governo é votar a urgência para a tramitação do projeto, para garantir sua votação ainda nesta semana. Ambientalistas, no entanto, pedem mais tempo para discussão da proposta.


Congressitas, ambientalistas e artistas como Victor Fasano e Vanessa da Mata chegaram ao Palácio do Planalto para entregar abaixo-assinado contra o texto do Código Florestal.


"A ideia é dizer que o código que está aí não atende a sociedade, ela só atende os ruralistas. O governo cedeu às chantagens dos ruralistas", disse Mario Mantovani, diretor da ONG ambientalista SOS Mata Atlântica.



Manobra do PSOL impede votação de urgência do Código Florestal

Uma manobra regimental do PSOL impediu nesta terça-feira (29) a votação do requerimento do pedido de urgência para análise do projeto de lei que reforma o Código Florestal no Senado. Com isso, a votação do texto amanhã no plenário, como estava previsto, ainda é dúvida.


Na manhã de hoje, um acordo entre os líderes partidários previa a análise do projeto amanhã. O acordo, porém, não contou com o aval do PSOL.


Os líderes foram surpreendidos com um questionamento apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) quanto à publicação do texto aprovado na semana passada na Comissão de Meio Ambiente, que não teria ocorrido ainda. Outro ponto levantado por Rodrigues é de que não foi feita a leitura do requerimento de urgência como determina o regimento, com 24 horas de antecedência.


Rodrigues disse que é contra o texto por atender às demandas do agronegócio. Ele defendeu o adiamento da discussão do código para 2012, ano que o governo federal realiza a Rio+20.
O líder do PSDB, Alvaro Dias (PR), disse que é possível encontrar uma saída regimental para tentar votar a matéria amanhã. O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), diz acreditar na votação do texto na quinta-feira (1º).


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