Ecológica, juta mira mercado de saco plástico
Fonte: Folha.com
Decadente desde os anos 80, quando chegaram ao país os sacos de nylon, o setor é hoje uma sombra do que fora --eram 35 empresas, que produziam 100 mil t/ano.
Hoje, as três empresas sobreviventes não conseguem fazer nem 15 mil toneladas, apesar da capacidade de produzir até 30 mil toneladas. Somente café e batata ainda usam sacos de juta.
QUEBRA DE SAFRA
No Amazonas, a juta é plantada na várzea do rio Solimões. Os ribeirinhos sem outra alternativa de renda (como o Bolsa Família) plantam na área que surge após a vazante dos rios e colhem quatro meses depois, pouco antes da cheia. Se algo der errado, perde-se a plantação.
Ano após ano, a safra quebra devido a sucessivas secas e cheias da região Norte, desestimulando o produtor familiar a plantá-la.
Em 2010, a seca histórica na Amazônia levou a indústria a importar fios do Bangladesh para atender aos produtores de café. Em 2009, uma cheia antes da época quebrou metade da safra.
Neste ano, a situação parecia normal até junho. Foi quando os rios subiram de repente e a colheita teve de ser feita em três semanas. A perda da safra chegou a 30%.
Com esses problemas, a indústria de juta chegou atrasada ao debate sobre os substitutos das sacolas plásticas.
Enquanto os supermercados devem vender as sacolas de plástico biodegradável a R$ 1,90 cada, os produtores de juta dizem que conseguem uma "ecobag" para o consumidor entre R$ 2 e R$ 2,10.
Os produtores de juta, fibra natural usada em sacos de cereais, querem se tornar o principal fornecedor de "ecobags" para suprir o vácuo das sacolinhas plásticas, que estão com os dias contados no país. São Paulo banirá os plásticos em janeiro.
Para isso, a indústria têxtil de juta da Amazônia veste uma roupagem ecológica e socialmente engajada --compra matéria-prima de 15 mil famílias ribeirinhas do Amazonas e do Pará.
Segundo os produtores, a juta é o único material totalmente biodegradável --que não depende de compostagem para decomposição como os plásticos biodegradáveis vendidos no comércio.
Com base nisso, a juta da Índia e de Bangladesh conquistaram o "ecomercado" dos EUA e da Europa.
No Brasil, os produtores apresentaram ao governo um projeto de financiamento de R$ 13,6 milhões para melhorar a genética das sementes e facilitar a agricultura familiar --a ideia é produzir uma juta mais leve, sedosa e resistente às pragas e ao clima.
Segundo os produtores, somente a melhora genética e a facilidade no financiamento são capazes de fazer a produção duplicar.
Hoje, as três empresas sobreviventes não conseguem fazer nem 15 mil toneladas, apesar da capacidade de produzir até 30 mil toneladas. Somente café e batata ainda usam sacos de juta.
QUEBRA DE SAFRA
No Amazonas, a juta é plantada na várzea do rio Solimões. Os ribeirinhos sem outra alternativa de renda (como o Bolsa Família) plantam na área que surge após a vazante dos rios e colhem quatro meses depois, pouco antes da cheia. Se algo der errado, perde-se a plantação.
Ano após ano, a safra quebra devido a sucessivas secas e cheias da região Norte, desestimulando o produtor familiar a plantá-la.
Em 2010, a seca histórica na Amazônia levou a indústria a importar fios do Bangladesh para atender aos produtores de café. Em 2009, uma cheia antes da época quebrou metade da safra.
Neste ano, a situação parecia normal até junho. Foi quando os rios subiram de repente e a colheita teve de ser feita em três semanas. A perda da safra chegou a 30%.
Com esses problemas, a indústria de juta chegou atrasada ao debate sobre os substitutos das sacolas plásticas.
Enquanto os supermercados devem vender as sacolas de plástico biodegradável a R$ 1,90 cada, os produtores de juta dizem que conseguem uma "ecobag" para o consumidor entre R$ 2 e R$ 2,10.
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