Decreto prevê redução de 16% nas emissões de gás carbônico no Rio

Fonte: Folha.com

O governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), assinou na manhã desta segunda-feira decreto estabelecendo metas de redução de emissões de dióxido de carbono no Estado até 2030 nos setores de transportes, saneamento e produção de resíduos, agricultura e produção de energia.


A meta geral é de uma redução de 16% das emissões em relação a 2005, o que equivale a 11 milhões de toneladas de dióxido de carbono.

Para isso, o Estado quer elevar em 40%, até 2030, a produção de energia limpa. Visando a essa meta, Cabral assinou um segundo decreto, que isenta de ICMS as empresas que produzirem no Estado equipamentos voltados à produção de energia eólica e solar.

"O Rio fez uma lei muito boa. Mas não adianta só estabelecer uma meta, posar para a foto e não fazer nada. Noventa por cento dessas metas estão no nosso foco. Mas estamos lançando um desafio amigo para a indústria privada se apresentar mais. A gente quer montar um poderoso parque eólico aqui", disse na cerimônia o secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc.

Minc frisou a importância de que o grande volume de investimentos empresariais que o Rio vem recebendo -- R$ 18 bilhões em 2010, o maior volume no Brasil -- esteja aliado à preocupação ambiental e disse que o governo imporá parâmetros duros para garantir esse objetivo.
"Não está vindo ferro velho para cá não. Estamos recebendo empresas aqui com critérios mais rígidos do que a Europa. Mas temos de incentivar a economia verde, em vez de ser um fator de inibir investimentos, nós vamos atrair oportunidades", disse Minc.

O decreto prevê a redução de 30% das emissões de dióxido de carbono pelos transportes e 65% das emissões causadas pela produção de resíduos. O governo citou como instrumentos para alcançar essas metas o aumento do tratamento de esgoto e o fim dos lixões, no caso do saneamento, e o aumento da rede de metrô, o uso de novos combustíveis e o investimento em asfalto-borracha nas estradas, no caso dos transportes.

"O asfalto-borracha é o típico caso do ganha-ganha. Tira pneus do ambiente, o que ajuda até no combate à dengue. Além disso reduz em 40% o custo para fazer uma estrada, garante uma durabilidade 50% maior, aumenta a segurança ao gerar mais aderência e diminui o ruído", afirmou o governador Cabral, que anunciou para os próximos meses a inauguração de uma estrada de 22 km em Cachoeiras de Macacu (região Serrana) feita integralmente com o novo tipo de asfalto.

Comentários