Filhotes de urso-polar morrem mais ao migrar, diz estudo

Fonte: Folha.com
Foto de ursa polar com filhotes tirada na baía de Hudson, no Canadá, pela ONG ambientalista World Wildlife Fund

A mortalidade de filhotes de urso-polar que são obrigados a nadar longas distâncias com suas mães devido ao degelo do Ártico aparentemente é maior do que entre aqueles que não migram.




O estudo recente, produzido pela organização ambientalista World Wildlife Fund, é o primeiro a mostrar a migração como um fator de grande risco às espécies mais jovens.

Satélites foram usados para acompanhar 68 ursas-polares equipadas com colares GPS, entre 2004-2009, que tiveram de nadar longas distâncias.

Durante o tempo em que permaneceram com o GPS, 11 ursas que nadaram por muito tempo tiveram crias. Destas, cinco perderam os filhotes durante a travessia. Ou seja, uma mortalidade de 45%. No grupo de ursas que não migraram, o índice caiu para 18%.

Os ursos-polares caçam, alimentam-se e procriam no gelo ou em terra, e não são criaturas aquáticas.


"Eles são como nós", diz o coautor do estudo, Geoff York. "Eles não podem fechar as passagens nasais em águas tempestuosas."]
Entre famílias de ursos-polares que migraram, a taxa de mortalidade dos filhotes é de 45%, segundo estudo

Além disso, os jovens não possuem gordura suficiente para se manterem por muito tempo em águas frias, alerta Steve Amstrup, um ex-cientista que trabalhou no instituto de pesquisas geológicas dos EUA, o U.S. Geological Survey.


A extensão de gelo no mar do Ártico, em junho, era o segundo mais baixo desde 1979, de acordo com o Centro Nacional de Neve e Gelo, que realizou a medição.

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