Rio+20: Biodiversidade, Mudanças Climáticas e Crescimento Verde
Estes deverão ser temas estratégicos na agenda da Conferência Rio+20, que será realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro. É o que sinalizam o climatologista Carlos Nobre, atual secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do MCT, e conselheiro do Planeta Sustentável, o economista José Eli da Veiga, docente do Departamento de Economia da USP e Ricardo Abramovay, coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental da mesma instituição
Na fase preparatória da Rio+20 - Conferência das Nações Unidas para Desenvolvimento Sustentável* (leia O que esperar da Rio+20), que será realizada entre os dias 4 e 6 de junho de 2012, no Rio de Janeiro, especialistas brasileiros adiantam alguns temas relevantes que não ficarão fora da agenda: a biodiversidade, as mudanças climáticas - obviamente! - e o chamadocrescimento verde. Este último, estará incorporado à programação central da pauta, que priorizará aeconomia verde, o combate à extrema pobreza e a governança da sustentabilidade.
As observações foram feitas respectivamente pelo climatologista Carlos Nobre, atual secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia, e conselheiro do Planeta Sustentável; do economista José Eli da Veiga, docente do Departamento de Economia da USP e Ricardo Abramovay, coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental da mesma instituição, em entrevista ao Planeta Sustentável.
Segundo Nobre, o tema da Biodiversidade terá um peso significativo nas negociações, tendo em vista os compromissos assumidos na COP10 - 10ª. Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada pela ONU, no ano passado, em Nagoya. "Até à conferência, a secretaria deverá preparar dados mais sistemáticos sobre o mapeamento científico da biodiversidade brasileira, além de um plano para a Economia Verde de Baixo Carbono. Também estamos montando a plataforma do primeiro laboratório de pesquisa oceânica, que será criado no país", adiantou.
Ele ressalta que biodiversidade e sustentabilidade caminham juntos. "Por isso, é importante explorar ao máximo esse potencial, principalmente no ambiente tropical, em especial, no Brasil, que é megadiverso".
Para isso, estão previstos incentivos a programas para agregar valor na cadeia da biodiversidade, com a proposta de serviços ambientais. "Há centenas de produtos nacionais, como o açaí, que ainda têm expressão pequena no mercado global alimentício, cosmético e farmacêutico, que podem ser potencializados. Uma das maneiras que faremos isso, será por meio do aumento de escala doPPBio - Programa de Pesquisa em Biodiversidade".
Nobre ainda destaca que o fato de as mudanças climáticas potencializarem os incidentes, com chuvas mais intensas, deverá ter atenção maior por parte dos países. "No caso do Brasil, até novembro, um dos compromissos do MCT é inaugurar o Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais".
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESIGUALDADES
De acordo com Ricardo Abramovay, na agenda das mudanças climáticas, mais um dos desafios da conferência estará em ligar o tema da redução das emissões de GEEs (Gases de Efeito Estufa) com a redução das desigualdades sociais, e as respectivas estratégias de efetivação de adaptação emitigação, ainda incipientes, do ponto de vista global.
"O que se espera é que a Rio+20 promova a articulação da redução das desigualdades, avanço que não acontece no campo da diplomacia.
As observações foram feitas respectivamente pelo climatologista Carlos Nobre, atual secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento, do MCT - Ministério de Ciência e Tecnologia, e conselheiro do Planeta Sustentável; do economista José Eli da Veiga, docente do Departamento de Economia da USP e Ricardo Abramovay, coordenador do Núcleo de Economia Socioambiental da mesma instituição, em entrevista ao Planeta Sustentável.
Segundo Nobre, o tema da Biodiversidade terá um peso significativo nas negociações, tendo em vista os compromissos assumidos na COP10 - 10ª. Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica, realizada pela ONU, no ano passado, em Nagoya. "Até à conferência, a secretaria deverá preparar dados mais sistemáticos sobre o mapeamento científico da biodiversidade brasileira, além de um plano para a Economia Verde de Baixo Carbono. Também estamos montando a plataforma do primeiro laboratório de pesquisa oceânica, que será criado no país", adiantou.
Ele ressalta que biodiversidade e sustentabilidade caminham juntos. "Por isso, é importante explorar ao máximo esse potencial, principalmente no ambiente tropical, em especial, no Brasil, que é megadiverso".
Para isso, estão previstos incentivos a programas para agregar valor na cadeia da biodiversidade, com a proposta de serviços ambientais. "Há centenas de produtos nacionais, como o açaí, que ainda têm expressão pequena no mercado global alimentício, cosmético e farmacêutico, que podem ser potencializados. Uma das maneiras que faremos isso, será por meio do aumento de escala doPPBio - Programa de Pesquisa em Biodiversidade".
Nobre ainda destaca que o fato de as mudanças climáticas potencializarem os incidentes, com chuvas mais intensas, deverá ter atenção maior por parte dos países. "No caso do Brasil, até novembro, um dos compromissos do MCT é inaugurar o Sistema Nacional de Prevenção e Alerta de Desastres Naturais".
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E DESIGUALDADES
De acordo com Ricardo Abramovay, na agenda das mudanças climáticas, mais um dos desafios da conferência estará em ligar o tema da redução das emissões de GEEs (Gases de Efeito Estufa) com a redução das desigualdades sociais, e as respectivas estratégias de efetivação de adaptação emitigação, ainda incipientes, do ponto de vista global.
"O que se espera é que a Rio+20 promova a articulação da redução das desigualdades, avanço que não acontece no campo da diplomacia.
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