Maioria dos brasileiros pagaria mais por produtos ecologicamente corretos
Durante a Conferência do Clima, COP-16, que ocorre em Cancún, no México, são discutidos dia e noite o aquecimento global e as mudanças climáticas. Para todos aqui, a preocupação é grande, mas e para o grande público?
A maioria dos brasileiros diz que aceitaria pagar mais por produtos ecologicamente coretos, mas apenas 1 em cada 10 dá preferência a estes produtos na hora da compra. É o que indica pesquisa feita pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) e pelo Ibope, com mais de 3.000 pessoas em 191 cidades.
Além disso, 90% dos brasileiros acreditam que o aquecimento global é grave ou muito grave. Este é o terceiro tema ambiental que mais preocupa, após o desmatamento e a poluição da água.
Quanto aos principais setores causadores das emissões dos gases do efeito estufa, o brasileiro se mostrou confuso. Para 20%, o maior responsável seria o lixo e o esgoto produzido nas residências. Para 19%, a fumaça e emissão de gases dos veículos automotores; para 18%, a indústria; e para 16%, o desmatamento. Apesar de quase 1 em cada 5 brasileiros culpar a indústria, 47% acreditam que crescimento econômico e proteção ambiental são conciliáveis.
Heloisa Menezes, diretora de relações institucionais da CNI, afirma que apenas 4% do total das emissões no Brasil vêm da indústria. “Se você contar com todo o ciclo de vida chega a no máximo 10%. Mas mesmo assim temos que buscar eficiência energética e inovação tecnológica para diminuir cada dia mais este número”.
Entretanto, os entrevistados não sabiam muito bem o que fazer para preservar o meio ambiente. As maiores contribuições são evitar o desperdício de água (71%), não jogar lixo nas ruas (63%), economizar energia elétrica (57%) e reciclagem (37%). Apenas 6% disseram ter carro, mas procurar usar outros meios de transporte para diminuir a poluição.
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