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A Grande Extinção e o aquecimento

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A extinção em massa mais famosa da história do nosso planeta é, sem dúvida, a que acabou com os dinossauros e cerca de 50% da vida na Terra, em torno de 65 milhões de anos atrás. O principal culpado, ao que tudo indica, foi um asteroide de 10 km de diâmetro que caiu na península de Yucatán, no México. Mas essa catástrofe mal se compara à Grande Extinção, que ocorreu cerca de 252 milhões de anos atrás, no final do Permiano. Cientistas estimam que cerca de 95% de todas as espécies marinhas, e uma fração desconhecida -mas provavelmente comparável- das espécies terrestres encontraram o seu fim em alguns milhões de anos, o que não passa de um piscar de olhos em termos geológicos. Embora outro impacto de um objeto vindo do espaço tenha sido proposto como causa, pesquisa recente sugere que a mortandade se deveu à falta de oxigênio na água, acoplada a um excesso de gás carbônico, que aumentou a acidez e a temperatura do oceano. (Só havia um oceano na época.) Uma amplificação não line...

MP quer impedir governo de reduzir áreas de preservação na Amazônia

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Ministério Público tenta conter na Justiça redução de parques nacionais. Governo federal alterou tamanho de 8 unidades de conservação no bioma. O Ministério Público Federal tenta conter na Justiça o encolhimento de unidades de conservação (UCs) na Amazônia, processo que deve se acelerar com os estudos para cortar até a terça parte da área da Floresta Nacional (Flona) do Jamanxim, no Pará. O governo Dilma Rousseff já cortou neste ano o equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo em oito áreas de proteção na Amazônia, criadas para barrar o avanço das motosserras na floresta e também para beneficiar a construção de usinas hidrelétricas Em 26 de junho, o "Diário Oficial da União" publicou decreto alterando o tamanho dos Parques Nacionais da Amazônia (PA e AM), dos Campos Amazônicos (AM, RO e MT) e Mapinguari (RO), as Florestas Nacionais de Itaituba I (PA), Itaituba II (PA), do Crepori (PA) e do Tapajós (PA) e a Área de Proteção Ambiental do Tapajós (PA). Com a re...

Pesquisa encontra resto de inseticida em golfinhos no litoral brasileiro

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Cientistas analisaram amostras de fígados, placentas e leite de toninha. Descoberta indica contaminação da cadeia alimentar marinha. Estudo publicado na revista "Environment International" aponta que golfinhos do litoral brasileiro estão contaminados por piretroides, compostos usados como inseticidas. Segundo explica Mariana Alonso, pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) que liderou a pesquisa, o golfinho está no topo da cadeia alimentar que, portanto, é composta por outros seres vivos que também devem estar contaminados por essas substâncias (por exemplo, uma alga recebe o piretroide da água e é comida por um camarão, que é comido por um peixe, que serve de alimento para o golfinho). A novidade da pesquisa de Mariana é que antes se pensava que os piretroides se decompunham. Esses inseticidas são usados tanto pela população urbana, por meio, por exemplo, de tomadas antimosquito, como também em atividades rurais. No armazenamento de grãos, p...

Projeto ajuda a reaproveitar água em pequenas propriedades do RN

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Reuso de água é cada vez mais importante, principalmente no semiárido. Projeto Bioágua aproveita água usada em casa para irrigação de hortas. A quantidade de água doce à disposição da população está diminuindo. Por isso, a importância de projetos de reuso de água é cada vez maior, principalmente em regiões como o semiárido brasileiro. No Rio Grande do Norte, uma experiência de sucesso, batizada de Bioágua, aproveita a água usada em casa para a irrigação de hortas. No município de Olho D'água do Borges, perto da divisa com a Paraíba, a chuva é pouca e mal distribuída. No semiárido, a média de chuva é de 600 mm por ano, cerca de um terço do que chove em Natal, capital do Rio Grande do Norte, por exemplo. Nos meses de inverno, quando os moradores esperam pela água, eles ainda podem ser surpreendidos pela estiagem. Foi exatamente isso que aconteceu este ano. O agricultor Sebastião de Brito tem 60 cabeças de gado. Sem pasto nativo suficiente, ele tira do bolso para comprar ...

Mudanças em geleiras do Tibete ameaçam rios na Ásia, diz estudo

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Alguns dos rios mais importantes do continente nascem na região. Himalaia registrou a maior redução no volume de gelo. As alterações nas geleiras do Tibete, entre a Índia e a China, representam uma ameaça para os rios dos dois países mais populosos do mundo. Uma pesquisa publicada online neste domingo (15) pela revista "Nature Climate Change" indica redução na área de mais de 7 mil geleiras localizadas na região. A região do Tibete abriga o maior número de geleiras fora das regiões polares em todo o mundo. Lá nascem alguns dos principais rios da Ásia. Portanto, a redução dessas geleiras põe em risco o abastecimento de água e a produção de alimentos de toda a região. A equipe de Tandong Yao, da Academia de Ciências da China, analisou a evolução das geleiras da região ao longo dos últimos 30 anos. Em cada região, as alterações aconteceram de uma forma própria. A cordilheira do Himalaia foi a parte mais afetada pela redução na área das geleiras. O estudo concluiu qu...

Marketing infantil precisa ser em prol de consumo consciente, diz psicóloga

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O marketing infantil está "parado no tempo" e precisa trilhar o caminho da ética para sobreviver em tempos de mudanças de comportamento causadas por opções em favor do consumo consciente. É o que sustenta a psicóloga Ana Maria Dias da Silva, coautora de "A Criança e o Marketing", livro que traz uma crítica às propagandas direcionadas ao público infantil. "A gente não tem nada contra o marketing. Pelo contrário. A gente é a favor de um marketing ético. Se usado de forma ética, o marketing é bom", diz a psicóloga. "Hoje você tem um consumidor mais consciente e mais exigente e a tendência do marketing é auxiliá-lo." Escrita em parceria com Luciene Vasconcelos, profissional especializada em marketing, a obra foca nas estratégias e nos efeitos das campanhas midiáticas direcionadas para crianças de 2 a 7 anos, orientando os adultos a protegê-las da superexposição à publicidade. "Se a pessoa tem de deixar a TV ligada para distrair a crian...

Cientistas calculam desaparecimento de animais por desmate na Amazônia

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No pior cenário, 59 diferentes espécies seriam extintas em Rondônia. Mamíferos, aves e anfíbios ainda serão afetados por devastação já ocorrida. Uma metodologia desenvolvida por cientistas britânicos e americanos mede quantas populações de animais que vivem em determinados estados englobados pela Amazônia Legal podem desaparecer devido ao desmatamento no bioma. No estudo publicado nesta quinta-feira (12) na revista "Science", os pesquisadores conseguiram saber, por exemplo, quantos mamíferos, aves e anfíbios serão extintos em determinadas regiões devido ao desmatamento ocorrido entre 1978 e 2008. Para isso, os pesquisadores da Imperial College e do Instituto de Zoologia, ambos de Londres, além da Universidade Rockefeller, dos EUA, utilizaram o conceito de "débito de extinção", número que representa a diferença entre a expectativa de perda de biodiversidade e o que de fato já desapareceu na natureza. A partir de informações de satélite fornecidas pelo In...